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NÃO RECEBEMOS ESPÍRITO...
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18 - Abril
Foi no ano 2000 que o Estimado Papa São João Paulo II institui a Festa da Misericórdia e decretou o segundo Domingo da Páscoa como o dia de sua celebração. São João Paulo II efetivava o desejo de Jesus dito a Santa Faustina: “Desejo que a festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores.”
O segundo Domingo da Páscoa passou a ser chamado “Domingo da Divina Misericórdia”. Neste domingo, somos chamados a enfrentar confiantes na Misericórdia de Deus as dificuldades e desafios pelos quais estamos passando. E que dificuldades e desafios são estes presentes no vigésimo ano da promulgação da Festa da Misericórdia?
A peste causada por um vírus, severo isolamento decretado por governos estaduais e municipais, igrejas fechadas, missas sem povo assistidas através das Redes sociais, Semana Santa virtual. Como estamos reagindo a tudo isso? Com medo, muito medo do vírus, que a televisão não cansa de falar que mata. Isolados e temendo perder o emprego tão necessário para a sobrevivência digna do pai e da mãe de família. Procurando saídas, mirabolantes para atender o povo católico, privado da vivência litúrgica e sacramental da fé. E agora... como entender a Misericórdia divina, em meio a tudo isto?
Bem, todo entendimento válido deve vir da Palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo, concorda? Caso contrário, não será entendimento, mas mera opinião, ora, de opinião estamos cheios até a tampa, não é? Então vejamos:
“Se alguém me ama, disse Jesus, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada.” (Jo 14,23) Eis a Palavra que Jesus quer que guardemos neste Domingo: “Deixo-vos a paz, a minha paz eu vos dou, não vo-la dou como o mundo dá. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.” (Jo 14,27)
Veja como São Paulo apóstolo traduziu este ensinamento de Jesus: “Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e equilíbrio” (2Tm 1,7). E disse também: “Não recebestes um espírito de escravos para recair no temor, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, pelo qual clamamos: Abba, Pai! Se somos filhos, somos também herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo.” (Rm 8,15)
O ímpio zomba da Misericórdia de Deus, dizendo: se existisse Misericórdia, Deus nos teria livrado desta peste e da confusão que ela trouxe. A felicidade do ímpio começa e termina neste mundo, mas a nossa não! Nossa felicidade começa e termina em Deus. Diversamente do ímpio, nós já estamos avisados – lembra do primeiro texto que escrevi no começo da quarentena? Vou te recordar: “Quando ouvirdes falar de guerras e subversões, não vos atemorizeis, é preciso que primeiro isso aconteça, mas não será logo o fim. Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, PESTES e fome em todos os lugares, aparecerão fenômenos pavorosos e grandes sinais vindos do céu.” (Lc 21,9-11)
Amigo, o cristão não pode se fazer de desinformado, está dito que antes do fim haverá grandes terremotos, PESTES e fome – estamos avisados! Sabemos que a Misericórdia divina não está lá em cima e nós aqui em baixo esperando por ela – Não! – A Misericórdia divina está aqui e é maior do que terremoto, peste ou fome. É ela que nos dá a vitória, como garantiu o próprio Jesus: “No mundo tereis tribulações, mas tende coragem, Eu venci o mundo!” (Jo 16,33)
PARA CONCLUIR: leia novamente o que disse o apóstolo Paulo, pois ali está dito tudo o que precisamos para tomar uma atitude digna de quem é co-herdeiro de Cristo, ao invés de mirabolâncias. A você e sua família um abençoado domingo da Misericórdia. Fique com Deus e esteja em paz.
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