Paróquia Santo Anatácio
  Horários de Missas
  Terça-feira - 7h
Quinta-feira - 19h
Sexta-feira - 7h e 15h
Sábado - 18h Matriz e 19h30 Capela
Domingo - 8h, 10h e 18h30
   

História - Primeira Missa

 

Em fins de 1919, quando o povoado era conhecido como “Vai e Vem”, não existia nenhum local próprio para as pessoas se encontrarem para suas orações.  Elas se reuniam nas casas de família para recitação do terço em louvor à Maria Santíssima. A assistência espiritual era mínima.

 

A igreja mais próxima, ficava em Concei­ção de Monte Alegre (hoje, distrito de Paraguaçu Paulista), que além da distância, não havia meios de transporte. Os católicos sempre aspiravam poder um dia assistir a santa missa, a fim de lhes conforta­r a alma e amenizar os dias rudes vividos naquele ser­tão.
Os trilhos da Estrada de Ferro já haviam atingido nossa aldeia, tendo como seu engenheiro de construção, Dr. João Carlos Fairbanks, católico fervoroso.

 

Em Assis (SP), ficou conhecendo o padre de Conceição de Monte Alegre, reverendo Nicephoro Corrêa de Moraes, e fez um convite para que viesse celebrar missa e batizar.

 

A primeira missa foi marcada e celebrada no dia 25 de março de 1920, dia em que se comemora a festa da Anunciação de Nossa Senhora.

 

Chegado o dia, o pequeno lugarejo de apenas 16 casas, estava em festa. Todos dirigiram-se para a explanada da esta­ção ferroviária, que na época ficava do lado oposto a estação atual, onde seria celebrada a 1ª. Missa. O altar improvisado foi preparado utilizando-se uma pilha de dormentes, como cam­painha para anunciar os atos da missa, foi usado um cincerro tirado de urna mula que era "madrinha" de urna tropa, e como sino um pedaço de trilho que era tangido por um vergalhão. Aquela missa campal, preparada com um ambiente rústico, porém acolhedor, foi ressaltado pelo padre celebrante que ao pregar o Evangelho disse parecer estar numa atmosfera de presépio.

O acólito (coroinha) da cerimônia foi o Dr. João Carlos Fairbanks, tendo pedido que durante a consagração as loco­motivas do serviço de trem de lastro, de número 109 e 111 respectivamente, que esta­vam estacionadas no pátio, apitassem longamente na consagração do pão e do vinho. Realmente a 1ª. Missa foi um belíssimo espetáculo de fé.

 

Para materializar aquele evento e ficar documentada a missa, o Dr. Fairbanks preparou uma Ata daquela celebração. A referida Ata, que se encontra em exposição no Museu de Santo Anastácio, narra o seguinte:

 

"Acta da Primeira Missa deste Districto Policial de Santo Anastácio. As 10 horas e 55 minutos do dia 25 de março de 1920, nesta localidade de Santo Anastácio o virtuoso e preclaro vigário de Conceição de Monte Alegre, Revmo. Padre Nicephoro Corrêa de Moraes, subio ao altar, improvisado no largo onde se erguerá a futura Matriz e deo início a missa campal que foi a primeira rezada neste Districto e povoado de Santo Anastácio, popularmente tam­bém conhecido como "Vae Vem". As 11 horas e 16 minutos, publi­camente foi erguida a santíssima hóstia, quando ao ar subiram inú­meros foguetes. Enorme foi o contentamento popular por esse acto de religião, que foi da iniciativa do engenheiro João Carlos Fairbanks, residente no distrito e que também ajudou a celebração do acto. Ao Evangelho, o digno párocho Sr. Reverendo padre Nicephoro Corrêa de Moraes, visivelmente emocionado, pronun­ciou magnífico sermão, alusivo à Anunciação da Virgem, sermão este que grandemente comoveo o público. Em seguida, na casa do citado engenheiro, em altar armado, o Revmo. vigário celebrou os primeiros baptizados e o casamento de Philomeno Borijuca com D. Olympia dos Santos Fernandes - o primeiro aqui realizado.

E para constar, foi lavrada esta acta, pelo Revmo. Vigário e demais pessoas assinadas. Santo Anastácio, 25 de março de 1920. (a) Padre Nicephoro Correia de Morais, João Carlos Fairbanks, Maria da Graça Lopes Fairbanks, José Martinez, João M. de Oli­veira, Silvio Ceccato, Antonio Baptista da Costa, José Nogueira Sobrinho, Manoel Ferreira dos Anjos, Antonio 1. Peçanha e Maria da Glória Baptista."

 

Em seguida, sentindo os moradores a necessidade de um lugar comum, onde reunidos, pudessem se encontrar foram construídas duas capelinhas de madeira; uma na atual Praça Ataliba Leonel e a outra na atual Praça da Matriz, onde, hoje estão os sanitários.

 

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