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E AS PORTAS SE ABRIRAM...
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08 - Junho
 No dia 17 de março, dois dias antes da Festa de São José, recebemos um comunicado do Bispo diocesano, que dizia no item 01: “Sejam suspensos, em toda a Diocese, no âmbito de suas Paróquias, capelas, comunidade, setores e em todos espaços eclesiais, as reuniões, acampamentos, grupo de oração, procissões e eventos que aglomerem pessoas”. Missa aglomera pessoas, portanto, as Missas estavam suspensas. As portas da igreja foram fechadas. O governo estadual decretou, em 24 de março, o fechamento do comércio, igrejas, escolas e outras atividades como medida de combate ao corona vírus.
No dia 29 de maio, dois dias antes da Festa de Pentecostes, recebemos, do Senhor Bispo o “Decreto de retorno parcial das Missas”, que dizia no item 01: “As celebrações litúrgicas poderão ser realizadas obedecendo ao limite máximo de pessoas estabelecido pelas autoridades municipais.” Este decreto entrava em vigor no dia 01 de junho. Quase três meses depois do fechamento, as portas iam se abrir para participação do povo nas Missas.
No dia 31 de maio, Festa de Pentecostes, com as igrejas fechadas, sem povo, missa “on line”, ouvimos o Evangelho: “Na tarde do primeiro dia da semana, estavam fechadas as portas do lugar onde os discípulos se achavam, por medo dos judeus, Jesus entrou, colocou-se no meio deles e disse: a Paz esteja convosco.” (Jo 20, 19). Sim, Jesus entrou sem que ninguém lhe abrisse a porta. E tinha que ser assim, porque devia ser Jesus a abrir as portas, trocar o medo pela Paz e mandar os discípulos saírem, dizendo: “Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados lhes serão perdoados.” (Jo 20,22)
FOI MERA COINCIDÊNCIA?
Eu vos digo que NÃO! Foi a Vontade soberana de Deus. Sim, as portas, que os homens fecharam por causa da peste, Jesus abriu. Da mesma forma que Ele abriu as portas fechadas por causa do medo. Lá e aqui, Jesus está no comando. Lá, Jesus esperou anoitecer para vir abrir as portas para os discípulos. Não esqueças que, de manhã, Jesus já tinha se mostrado ressuscitado à Madalena (Jo 20,16-18). Portanto, foi Ele que escolheu o anoitecer para vir e abrir as portas fechadas pelo medo.
No primeiro domingo de portas abertas, celebramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a SANTÍSSIMA TRINDADE. Naquele domingo, ouvimos: “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16) Agora sabemos, caro leitor, que todas as portas do mundo podem, a qualquer momento, serem fechadas e até lacradas. Mas tem uma Porta que homem algum pode fechar: “Assim diz o Santo, o Verdadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, o que abre e ninguém mais fecha, e fechando, ninguém mais abre.” (Ap 3,7)
O que precisamos fazer para encontrar esta Porta aberta?
CRER EM JESUS! Ouvir sua Palavra e colocá-la em prática, recebê-lo na Eucaristia e rezar como São Paulo apóstolo: “Fui crucificado com Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, é o Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a VIVO PELA FÉ no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gl 3,19-20)
Fique com Deus e esteja em paz.
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