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ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS
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25 - Maio
Neste tempo de missa “on line”, quero continuar aprofundando com você o ensinamento do Papa São João Paulo II sobre a EUCARISTIA.
Não sei se você recorda, mas em outubro de 2004, fazia três meses que eu tinha chegado a Santo Anastácio, o Santo Padre abriu o “Ano da Eucaristia”. E para orientar a Igreja na vivência do Ano Eucarístico, ele escreveu a Carta Apostólica “Mane nobiscum Domine” (Fica conosco, Senhor).
São João Paulo II diz, nesta Carta Apostólica, que a Eucaristia põe à prova nossa fé, pois nela se realiza o mistério da PRESENÇA REAL de Jesus Cristo que, na última Ceia, tendo o pão em suas mãos, disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós”. Depois tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova Aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós.” (Lc 22,19-20)
A santa Missa é o memorial da paixão redentora de Jesus que foi tornado sacramento na última Ceia. O Santo Padre ensina que a Ceia Eucaristia atualiza o passado e nos projeta rumo ao futuro da última vinda de Jesus, no fim da história. E repete a advertência que já havia feito na Encíclica que apresentamos no texto anterior:
“Está sempre presente no homem a tentação de reduzir a EUCARISTIA às próprias dimensões, enquanto, na verdade, é ele quem deve abrir-se à dimensão do Mistério. A Eucaristia é um dom muito grande para suportar ambiguidades e reduções.” Para evitar ambiguidades e reduções, São João Paulo II lembra que a Eucaristia nasceu na Ceia pascal e, portanto, traz dentro de si a dimensão do CONVÍVIO.
Você há de convir comigo que não existe convívio “on line”. Portanto, isolar a COMUNHÃO EUCARÍSTICA da dimensão de convívio é submeter a Eucaristia a ambiguidades, como advertiu o Santo Padre.
São João Paulo II diz que “toda missa, mesmo quando é celebrada no escondimento e numa região perdida da terra, leva sempre o sinal da universalidade.” Por isso, ele adverte na Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”: “Num contexto eclesial ou outro, existem abusos que contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica acerca deste admirável sacramento. Às vezes, transparece uma compreensão muito redutiva do mistério eucarístico.”
É este ensinamento que estamos seguindo, aguardando que termine a proibição de aglomerar pessoas na igreja por causa da peste, ou que, pelo menos, seja flexibilizada, dentro dos cuidados sanitários pertinentes, para que todos nós possamos voltar a celebrar e receber a santa comunhão como sempre fizemos, e como a Igreja sempre fez mesmo no período de perseguição direta contra os cristãos. Até lá, vamos nos lembrar da promessa de Jesus proclamada na Festa da Ascensão: “Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos.” (Mt 28,20) Fique com Deus e esteja em paz.
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