Paróquia Santo Anatácio
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HOMENAGEM AO PAPA JOÃO PAULO

21 - Maio
Se estivesse entre nós, o Papa João Paulo II teria completado 100 anos de vida, no dia 18 de maio. Pensando em fazer uma homenagem a este inesquecível Pastor da Igreja Católica, imaginei que ele ficaria feliz em ver alguma coisa do seu ensinamento transmitido ao povo de Deus, neste tempo de igrejas fechadas e missas “on line”. Escolhi um dos últimos documentos que São João Paulo II escreveu para sua amada Igreja, um documento no qual ele tratou da EUCARISTIA.

Em 17 de abril de 2003, Quinta-feira Santa, o Papa promulgou sua Carta Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”, que trata da EUCARISTIA e sua relação com a Igreja. O tema foi exposto em seis capítulos e oitenta e seis páginas. Destas páginas, seguindo a ordem, colhi algumas frases que nos ajudam a compreender o valor, a dignidade e o respeito, que São João Paulo II tributava à Santíssima EUCARISTIA, para que o mesmo acontecesse em toda a Igreja Católica. O Papa começa fazendo um alerta:

“Num contexto eclesial ou outro, existem abusos que contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica acerca deste admirável sacramento. Às vezes, transparece uma compreensão muito redutiva do mistério eucarístico.” (p. 14)

O Papa exorta: “É conveniente cultivar continuamente na alma o desejo da Eucaristia. Daqui nasceu a prática da COMUNHÃO ESPIRITUAL em uso na Igreja há séculos, recomendada por santos mestres de vida espiritual. Escrevia santa Teresa de Jesus: Quando não comungais e não participais na missa, comungai espiritualmente, porque é muito vantajoso.” (p. 48)

O Papa completa: “Por isso, a Igreja estabeleceu normas que visam promover o acesso frequente e frutuoso dos fiéis à mesa eucarística e simultaneamente determinar as condições objetivas nas quais se deve abster de administrar a comunhão.” (p. 57)

O Papa adverte: “O tesouro é demasiado grande e precioso para se correr o risco de o empobrecer ou prejudicar com experimentações ou práticas introduzidas sem uma cuidadosa verificação pelas competentes autoridades eclesiásticas.” (p. 69)

O Papa afirma: “A liturgia nunca é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade onde são celebrados os santos mistérios. Portanto, a ninguém é permitido aviltar este mistério que está confiado à nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu caráter sagrado nem sua dimensão universal.” (p. 71)

“O mistério eucarístico – sacrifício, presença, banquete – não permite reduções nem instrumentalizações, há de ser vivido na sua integridade, quer na celebração, quer no colóquio íntimo com Jesus acabado de receber em comunhão, quer no período da adoração eucarística fora da Missa.” (p. 83)

O Papa conclui: “Não há perigo de exagerar no cuidado que lhe dedicamos, porque neste sacramento, se condensa todo o mistério da nossa Salvação.” (p. 85)

O Papa São João Paulo II sempre foi claro e direto no que ensinou e exigiu, não há necessidade de explicar o que ele disse. Basta ler com clama e atenção cada sentença e tirar as conclusões, neste tempo de igrejas fechadas e missas “on line”. Esteja em paz.

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