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COMUNHÃO E QUARENTENA
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15 - Abril
 No século passado, a humanidade passou por duas Guerras mundiais, milhões de pessoas morreram, cidades inteiras desapareceram do mapa sob impiedosos bombardeios, milhares e milhares de pessoas ficaram sem suas casas e sem ter para onde ir, tinham que sobreviver dia-a-dia. Mas igrejas não foram fechadas, a não ser por horas quando as sirenes tocavam anunciando a aproximação da aviação inimiga. Passado o perigo, lá estavam as igrejas abertas para as orações e os serviços litúrgicos.
Hoje a humanidade passa por uma pandemia, isto é, uma epidemia pestilenta que se espalhou pelo mundo todo, atingindo indistintamente os povos da terra. As autoridades governamentais passaram a decretar quarentenas, determinando que as pessoas permanecessem reclusas em suas casas e proibindo todo tipo de aglomeração humana. Esta medida tomada por iniciativa de governantes tem data para começar e terminar, podendo ser prorrogada conforme entendimento governamental. Portanto, é uma medida que tem começo e fim previamente marcados.
Ora, esta situação obrigou os cristãos a viverem a Semana Santa longe de suas igrejas e de suas celebrações. O Tríduo Pascal e o Domingo de Páscoa foram vistos pelos fiéis através dos meios de comunicação. Incoerências também foram vistas. Pois bem, dito isto, quero passar aqui o ensinamento da Igreja sobre a Eucaristia e sua digna recepção.
Dos cinco mandamentos da Igreja, o primeiro “exige aos fiéis qua santifiquem os dias em que se comemora a ressurreição do Senhor, bem como as principais festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos, que a Igreja declara como sendo de preceito, sobretudo PARTICIPANDO NA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA em que a comunidade se reúne [...].” (CIC n. 2042)
Especificamente quanto à recepção da comunhão eucarística, o Catecismo diz: “A Igreja recomenda vivamente aos fiéis que recebam a santa Comunhão quando PARTICIPAM DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA. Impõe-lhes a obrigação de comungar pelo menos uma vez por ano.” (n. 1417) Penso que a maioria dos que estão lendo este texto já cumpriram esta obrigação largamente. A recomendação aqui é clara: recebam a santa Comunhão os que participam da Celebração Eucarística. Ora, assistir a Missa através de meios de comunicação não significa participar de... Exceção foi feita para os que estão impossibilitados de participar, seja pela longa idade ou enfermidade, a eles a Eucaristia é levada, e esta é uma tradição que remonta aos primeiros tempos da Igreja.
AGORA, PRESTE ATENÇÃO! O texto a seguir é aplicável a situação que ora vivemos: “Por falta de ministro sagrado ou POR OUTRA CAUSA GRAVE, se a participação na celebração eucarística se tornar impossível, recomenda-se vivamente que os fiéis participem da liturgia da Palavra, se houver, na igreja paroquial ou em outro lugar sagrado, celebrada segundo as prescrições do Bispo diocesano, ou então SE DEDIQUEM À ORAÇÃO DURANTE UM TEMPO CONVENIENTE, A SÓS OU EM FAMÍLIA, ou em grupos de famílias, de acordo com a oportunidade.” (CIC n. 2183)
Caro, irmão, longe de mim minimizar sua necessidade espiritual da comunhão eucarística, quero apenas, neste momento, tranquilizá-lo com a Doutrina da Mãe Igreja e dizer-te que, muito em breve (ainda não estamos no “apocalipse”), você receberá Jesus na Eucaristia assim como a Santa Igreja recomenda e assim como você sempre fez. Leia de novo o “Preste Atenção” e pratique o que a Igreja recomenda em sua Doutrina e então Jesus não lhe faltará. Fique com Deus e esteja em paz.
CIC – Catecismo da Igreja Católica – 1997 – Papa João Paulo II
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