Paróquia Santo Anatácio
  Horários de Missas
  Terça-feira - 7h
Quinta-feira - 19h
Sexta-feira - 7h e 15h
Sábado - 18h Matriz e 19h30 Capela
Domingo - 8h, 10h e 18h30
   

História - Criação da Paróquia

Dom Carlos Duarte Costa

Dom Carlos Duarte Costa

A Alta Sorocabana por suas terras ricas atraía ano a ano, novos colonos, que com suas famílias, iam ocupando o espaço desabitado desta região. A Igreja, por sua vez, buscava acom­panhar o desenvolvimento da região, desmembrando assim, os grandes domínios territoriais das paróquias, subdividindo­-as com a criação de outras e com isso poder melhor assisti­r aos seus fiéis.


Como naquele ano, toda essa nossa região pertencia a Diocese de Botucatu, o então Bispo Dom Carlos Duarte Costa, em 29 de Abril de 1925, desmembrando da paróquia de Con­ceição de Monte Alegre, criou as paróquias de Santo Anastácio e a de São Sebastião de Presidente Prudente. No Decreto Eclesiástico da criação trazia os limites da Paróquia de Santo Anastácio, abrangendo desde Presidente Bernardes até Presidente Epitácio.

 

Aqui em nossa cidade, a notícia foi recebida com muita alegria e entusiasmo por todos os fiéis. No dia 6 de maio de 1925, o padre português Antônio Joaquim José Pereira era nomeado o primeiro pároco de Santo Anastácio, iniciando assim a missão de evangelizar. O padre José Maria Martinez Sarrion, no dia 11 de maio de 1925, era designado o primeiro pároco da paróquia de São Sebastião de Presidente Prudente.  

 

Por volta de 1926, quando já era marcante a presença de colônias estrangeiras no Município, alguns católicos generosos doaram um terreno para a edificação de uma nova Igreja. O local escolhido, um pouco abaixo da atual matriz, foi do agrado de todos. Em 30 de maio daquele ano, em clima de festa, houve o lançamento da pedra fundamental. Para isso foi organizada uma procissão cívica das várias nacionalidades, cada qual com a sua respectiva bandeira. À frente, ao lado da cruz, ia a Bandeira Brasileira. Merece destaque a criação da Sociedade de São Vicente de Paula.

 

Em outubro de 1927, o Padre José Maria Martinez Sarrion, substitui o Padre Antônio Joaquim José Pereira até 25 de agosto de 1928. Monsenhor Sarrion nasceu aos 22 de abril de 1877, na Espanha, sendo ordenado sacerdote em 22 de setembro de 1900, falecendo em 14 de abril de 1951,  em alto mar, viajando para a Espanha.

 


Monsenhor Sarrion

Substituindo o Monsenhor Sarrion, em 1928, toma posse o padre  Heriberto Goettersdorf, de nacionalidade austríaca, nascido aos 16 de janeiro de 1871, na cidade de Kaltlentgebem, e ordenado em Viena no dia 25.07.1895,  que procurou dar continuidade ao trabalho espiritual de seu antecessor.  A seu pedido, o Bispo de Botucatu Dom Carlos Duarte da Costa, escolheu para padroeiro da paróquia o Santo Anastácio – o Santo Anastácio, mártir nascido na Pérsia - cuja festa é celebrada no dia 22 de janeiro. Falecido aos 02 de maio de 1951 e sepultado em Assis (SP).  Morreu abraçado a um crucifixo e numa doce tranqüilidade, como tendo a consciência de haver somente praticado o bem.

 

Em 30 de novembro de 1928, pela Bula do Papa_ Pio XI, “Sollicitude Universalis Ecclesiae” foi criada a Diocese de Assis, que foi administrada apostolicamente por Dom Carlos Duarte da Costa, Bispo de Botucatu, até 19 de março de 1930, quando então tomou posse o 1° Bispo da Diocese, Dom Antô­nio José dos Santos, sendo ele, da Congregação dos Padres Lazaristas. Em julho de 1930, Dom Antô­nio José dos Santos visitou pela primeira vez a nossa paróquia.

 

Em 1929 aqui chega o 4° Pároco, Padre João Kivillus. Uma de suas características era uma pro­funda devoção a Maria Santíssima, e como tal sempre deu muita importância ao mês de maio, mês consagrado a Nossa Senhora. Portanto, em maio de 1931, todos os dias, as 19:30 horas, ocorria a recitação do Terço, com leituras, ladainhas e cânticos em louvor a Maria, sendo que no dia 31 deu-se o en­cerramento com uma grandiosa procissão que percorreu as principais ruas da cidade, abrilhantada pela Banda de Música local.

 


Padre João Kivilus

No ano de 1931, já existia a "Pia União Das Filhas De Ma­ria", associação que congregava inúmeras moças da comunidade e que prestava toda espécie de assistência aos traba­lhos paroquiais, principalmente na catequese.  Como fruto do apostolado do vigário, aumentava cada dia a freqüência dos católicos nas cerimônias religiosas. A igreja tornara-se pequena; havia a necessidade de uma grandiosa matriz que acompanhasse o progresso da cidade.
Pe. Kivilus também sempre se preocupou com os mais necessitados. Movido pelo espírito de misericórdia, não mediu esforços e fundou,  no dia 19 de julho de 1931,  a Sociedade São Vicente de Paulo. Pelos registros consta que esta sociedade já existiu no tempo do Pe.Joaquim Pereira (1.926).
Em maio de 1932, ocorre  a transferência do Padre João Kivilus para a cidade de Quatá (SP), onde iria servir como vigário. Faleceu no ano de 1955, sendo sepultado na cidade de Anhumas (SP).

 

Na noite de 9 de maio de 1932, desembarcava na Estação Ferroviária o Padre José Gonçalves, novo vigário designado para a paróquia. Nascido em 24/04/1883, Padre José Goncalves foi ordenado na cidade de Barcelona, na Espanha, no dia 25/05/1907. Logo que chegou, providenciou o ajardinamen­to do largo da Matriz e estava vivamente interessado na construção de uma nova Igreja. A Igrejinha madeira, como era carinhosamente chamada por todos, já não comportava o número de fiéis, sendo que muitas pessoas ficavam do lado de fora sem conseguir entrar, ressaltando, assim, a necessidade de um tempo maior.  Por esse motivo foram realizadas várias festas e quermesses com o objetivo de arrecadar fundos para a construção da nova Matriz.


Com o projeto e a planta em mãos, o Pe. José Gonçalves dá a boa notícia aos fiéis numa celebração dominical, dizendo que no dia 15 de setembro de 1935, estaria em nossa cidade o Bispo de Assis Dom Antônio José dos Santos com o fim especial de presidir os trabalhos de lançamentos da pedra fundamental. No princípio do ano de 1936, foram abertas as valetas para os alicerces do novo templo.   Aos poucos, as paredes da Igreja foram sendo erguidas. Existia por parte do povo, grande curiosidade. Algumas pessoas chegavam a passar horas e horas apreciando o trabalho dos pedreiros.

 

 

Matriz em construção em 1936 O Pe. José Gonçalves, de batina, acompanha as obras

 

A Paróquia, outra vez, sofre mudança em sua direção, quando em substituição ao Padre José Gonçalves, toma posse no dia 21 de agosto de 1938,  o Padre Federico De La Barrera.

 

Nascido na Espanha, na cidade de La Parra, no dia 21 de outubro de 1876,  era doutor em ciências naturais. Seu grande projeto era dar continuidade às obras da construção da Matriz, realizando, para tanto, várias campanhas.   


Finalmente no dia 8 de dezembro de 1940, dia consagrado a Imaculada Conceição, após vários anos de desafios, sacrifí­cios, trabalhos, alegrias, tristezas, começando em 1931 com Padre João Kivilus, continuando com o Padre José Gonçalves, e por fim com o Padre Frederico La Barrera, a comunidade católica estava recompensada, ao ver o tão almejado templo tornando-se uma realidade. Com isso, deu-se a habilitação da tão esperada Igreja Matriz.


Constava o templo com três naves amplas, com duas portas laterais, além de duas entradas, uma na parte frontal, para as dependências da igreja e outra nos fundos para a sacristia. As portasprincipais são em forma de ferradura, as janelas são em forma de arco romaico, e para proporcionar melhor claridade na igreja, foram construídas reentrâncias tipo ocos, em forma de olho de boi. Com isso, deu-se a habilitação da tão esperada Igreja Matriz.

 

Foi, mesmo inacabada, celebrada a primeira missa foi às 08:00 horas, onde mais de 200 pessoas receberam a Eucaristia. Ás 10:00 horas, em missa solene, cantada pelo coro, e com a presença das autoridades local e de muitos fiéis, o Padre Federico de La Barreira fez um belíssimo discurso alusivo ao acontecimento. A Matriz estava em condições de uso para todas as cerimônias religiosas.  

 

Fiéis chegando para a inauguração da Matriz

 

No início de 1941, o incansável sacerdote que tinha um carinho todo especial pe­los presos a quem visitava todos os meses, bem como uma atenção especial com as crianças, estava de partida para um país estrangeiro..Assim, mais um mensageiro de Deus, capaz dos maiores sacrifícios para o bem espiritual de seus irmãos, cumpria o seu ministério em Santo Anastácio.

 

 

Com a saída do Padre La Barrera, a paróquia foi confiada ao 7° Pároco, que foi o Padre Hilário Pierik, que até então, vi­nha exercendo suas funções na cidade de Assis-SP. Nascido aos 24 de dezembro de 1910, era natural de Siffard, Holanda. Foi ordenado sacerdote em Beuron,
Alemanha, aos 28 de julho de 1935.  

 

Padre Hilário Pierik

Padre Hilário Pierik

 

Para poder melhor servir às necessidades da paróquia cujo número de fiéis crescia a olhos vistos, foram concedidas ao vigário faculdades especiais: TRINAÇÃO (celebração de três missas no mesmo dia); BINAÇÃO (celebração de duas missas no mesmo dia) em todas as primeiras sextas-feiras do mês e festas surpresas. Assim, O Padre Hilário, a partir do dia 31 de agosto de 1941, passou a celebrar missas aos domingos na Matriz, às 6, 8 e 10 horas. Incentivou os vários movimentos da paróquia: Congregação Mariana, Pia União das Filhas de Maria, Cruzadinhas, Coroinhas, Apostolado da Oração e Irmandade de São Benedito. Faleceu aos 84 anos em Pirapozinho (SP), no dia 20 de janeiro de 1995.

 

Era maio de 1944, foi nomeado o 8° Pároco, Padre Antônio Criscenti, transferido da cidade de Salto Grande-SP. Nascido na Itália no dia 26 de junho de 1906, e, ordenado sa­cerdote no dia 29 de junho de 1933.

 

Padre Antônio Criscenti

Logo que aqui chegou, preocupado com a conclusão das obras da Matriz, assinou juntamente com uma comissão de paroquianos, um contrato com o construtor Carlos Nogueira (conhecido por Capitão) e cuja finalidade era o término da construção das duas torres, já iniciadas no tempo do Padre Hilário.


As duas torres, finalmente foram erguidas, imponentes, apontadas para o alto, querendo dizer da grandeza de Deus, Senhor do céu e da terra e que nos contempla sempre com sua graça e misericórdia, em sua bondade infinita. Um sentimento de íntima satisfação invadia o coração de todo anastaciano ao contemplar a majestosa obra arquitetônica prestes a terminar.


O dia 30 de maio de 1946 marca um acontecimento muito importante na história de nossa Matriz. É celebrada a primeira missa no Altar Mor que havia ficado pronto. Também, no ano de 1946, foram colocados os ladrilhos, considerados de bom gosto.


Momentos de muita tristeza foram vividos pela população católica quando ela ficou sabendo que o Padre Antônio Criscenti estava de partida de Santo Anastácio. Foram dois anos e meio de muito trabalho, sacrifícios, dedicados ao seu rebanho. Em sua despedida não foram poucas as pessoas que deixaram correr lágrimas em suas faces.

Acompanhado de sua mãe Carmem Aragon, em novembro de 1946, chegava a nossa cidade o Padre Antonio Velasco Aragon, era mais um missionário es­trangeiro que deixara a sua pátria para pregar em outro país a Boa Nova.


Padre Antonio Aragon nasceu em Benameji, Cór­doba (Espanha), aos 2 de setembro de 1904, tendo sido ordenado sacerdote em 24 de setembro de 1927, na ci­dade de Jaém, Espanha.
Chegou ao Brasil em maio de 1912, iniciando o seu trabalho apostólico na Diocese de Assis (SP), quando era bispo Dom Antonio José dos Santos.

 

Antes de sua nomeação para paroquiar em Santo Anastácio, o Padre Antonio Velasco exercia a função de vigário em Ipauçu (SP).

 

Padre Antonio Aragon

Santo Anastácio na época, era um dos maiores municípios do Estado de São Paulo em extensão territorial e vários grupos de população iam surgindo, for­mando novos povoados, como Costa Machado, Cuiabá Paulista c Mirante do Paranapanema. Assim sendo o Padre Antonio Velasco, além da assistência espiritual dada aos féis de Ribeirão dos Índios, Piquerobi e outras capelas, também, atendia com zelo muito grande essas novas comunidades que esta­vam nascendo.

 

Deve-se sublimar o trabalho do Padre Antonio Aragon na catequese. Além das aulas dominicais às crianças, conseguiu junto às professoras do Grupo Escolar Enrico Bertoni que ministrassem aulas de religião aos seus alunos. Já no Ginásio Estadual, sendo Diretor e professor de Latim, ele próprio se encarregava da catequese em todas as séries.

 

Uma das grandes preocupações do Pe. Aragon era a parte espiritual de seus paroquianos. No dia 12 de junho de 1949, após uma profunda preparação pelo próprio vigário, os militares, dirigidos pelo Capitão Willian Gauss, numa Missa especial, fizeram sua páscoa. A matriz estava completamente tomada por militares, autoridades e familiares. Foi uma belíssima demonstração de fé em Jesus Sacramentado.

 

Embora amando do fundo de seu coração a nossa pátria, o Pe. Antônio Velasco nunca esqueceu sua terra natal. As saudades eram imensas de seus parentes e amigos, e assim, resolveu visitá-los, e volta para a Espanha, no ano de 1950.

 

Sua despedida foi muito emocionante. Todos anastacianos reconheciam nele um verdadeiro “homem de Deus” enviado ao nosso meio em busca da nossa santificação.  Mesmo entre os não católicos conseguiu ser respeitado e admirado por sua conduta exemplar. Partiu no trem da Estrada de Ferro Sorocabana, às 12,30 horas, e muito fiéis e amigos ali estiveram presentes.

 

Com a saída do Pe.Aragon, chega para substituí-lo o Padre Eugênio Sanchez Lopes, também espanhol, nascido a 16 de setembro de 1905 em Puebla de Azaba, tendo aqui tomado posse no dia 15 de setembro daquele ano.

 

Padre Eugênio Sanchez Lopes

Quando o Padre Eugênio aqui chegou, as principais obras da Igreja já haviam sido concluídas e com isso a preocupação maior dele, passou a ser a educação das crianças, principal­mente as mais carentes, bem como iniciar um trabalho junta­mente com a comunidade, que viesse em auxílio das famílias mais necessitadas.

 

Dinâmico e com o propósito muito grande de lutar pela grandeza da Igreja de Jesus Cristo, iniciou sua missão propondo a criação de uma Escola Paroquial para ao atendimento das crianças pobres, visando a sua educação cultural e espiritual. Assim sendo, em 29 de agosto de 1952, foi fundado o Centro Social da Paróquia de Santo Anastácio,

 

Por isso a passagem do Padre Eugênio Sanchez marcou época pela sua grande luta em conseguir uma Escola Paroquial.  Conseguiu sensibilizar quase toda sociedade anastaciana, e assim, foram organizadas várias promoções buscando arrecadar recursos para a reforma do salão paroquial. (Salão Sidney Augusto). Abertas as matrículas, forma matriculados no Jardim Infância, 105 crianças; no curso primário 66 alunos.

 

Devoto que era da Eucaristia, o então novo pároco, fundou a irmandade do Santíssimo Sacramento, que é uma entidade religiosa constituída de católicos praticantes, maiores de 18 anos, que tem por finalidade manter o culto de adoração ao Santíssimo Sacramento. Construiu os dois altares laterais.

 

Em 1952, o Padre Eugênio Sanchez conseguiu, junto às autoridades competentes, autorização para o funcionamento de um cinema no salão paroquial, que ficou conhecido como o cinema dos 3 BBB (Bom,Bonito e Barato), e que tinha por lema educar e divertir decentemente. Havia sessões aos sábados e domingos. Em 1957, houve a inauguração do Cinemascope.

 

No dia 15 de novembro de 1953, a convite do Padre Eugênio Sanchez e contando com todo o apoio da comunidade, chegaram, vindo da Itália, quatro Irmãs Missionárias Filhas de Maria: Benigna, Aurora, Benedita e Anna. As irmãs Benigna e Aurora foram trabalhar no Hospital “Anita Costa”, enquanto que as irmãs Benedita e Anna ficaram prestando diversos serviços na paróquia.

 

Em março de 1960, os Congregados Marianos compraram o edifício do antigo Fórum, situado à Avenida D.Pedro II, para ali realizar suas reuniões, bem como outras atividades da paróquia. Hoje, completamente reformado, chamado de Salão José, é local de encontros, cursos de formação e reuniões das várias pastorais.

 

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